
Já assisti alguns programas de TV em que as pessoas por 15 minutos de fama, aparecem, expondo suas vidas sem o menor constrangimento.Claro, os programas sensacionalistas são os que mais exploram essa fragilidade humana.
Nas poucas vezes que assisti, com meu olhar critico, consegui notar a diferença das que querem realmente aparecer com as que com sua história de vida esperam passar algum ensinamento.
O triste é perceber que as apresentadoras, salvo Regina
Volpato(acho bárbaro
qdo a pessoa começa a chorar e ela se aproxima com aquele olhar materno e entrega lencinhos de papel), e o que é o pior os especialistas convidados, acabam arrumando uma solução simplista e rápida para um problema que as vezes se arrastam por séculos, naquela família.Com um passe de mágica, resolvem a vida dos outros e criticam, apontam defeitos, com tanta propriedade como se já tivessem vivido aquilo.No caso dos psicólogos me pergunto: aonde foi parar a ética neste momento?
Vejo em algumas pessoas, a vaidade
exarcebada, que a todo custo, mesmo que seja bem caro, apresentam seus defeitos pra quem quiser ver.Existe ali uma permuta: entregue os seus piores ou melhores(depende do ponto de vista) segredos e eu ganho meus pontinhos no
IBOPE.
O pior é ver que alguns, até sentem-se mais íntimos dos apresentadores depois disso.Iludem-se achando que viraram amigos de infância.Enfim, a fantasia de que os
minutinhos de fama valem a pena e que vão ser famosos como os
atores da
plim plim.
Alôôôô....Pagar King Kong não é participar do filme.
Ao contrário dessas pessoas, eu fujo das
câmeras, muitas vezes surpreendida com entrevistas nas ruas, eu passo longe.No evento que trabalhei dando minha pequena contribuição na organização no Memorial da América Latina, em que estavam presentes muitos canais de TV, na hora que eu percebia uma
câmera ligada, desviava a rota, para não aparecer.Coisa minha,
Clê, desprovida de vaidade
Agora claro, eu me aproximei dos escritores que sou fã,
pq eles gostam de serem reconhecidos só não gostam de muita
tietagem dos "sem noção". O mais legal foi a lição de humildade que alguns deles deram, que foi Ruth Rocha,
Zuenir Ventura,
Luis Fernando Veríssimo e
Moacyr Scliar (com quem tirei foto), que ao contrário foram eles que se aproximaram e me cumprimentaram.
Falei sobre seus trabalhos e minha admiração por eles.Afinal eu estava na sala
VIP e além dos que citei acima, ficar cara-a-cara com
Mindlin, Domingos
Meirelles,
Cony,
Herodoto Barbeiro, Caco
Barcellos,
Ziraldo e outros tantos, não menos famosos, vamos combinar que não é algo que aconteça sempre e eu precisava expressar o que sentia em relação a essas pessoas inteligentes e pasmem, todos muito simples no trato com os que aproximavam deles.
Não deixei de ser
tiete, mas soube o meu lugar e como me aproximar.
Assim como sou "
fãzona" do meu primo-irmão
Venê que foi no
Domingão do
Faustão falar sobre física e Juliana que é filha da minha prima,
repórter da TV Gazeta, que foram/estão mostrando a capacidade e inteligência, coisa que vale a pena assistir, muitas vezes inclusive.
Bom a verdade é a seguinte, voltando aos programas, gosto de tudo que tenha um olhar humano e que explorem os sentimentos humanos.
Mas apontar para as pessoas e dizer na cara que elas erraram, dobrando o peso da culpa que carregam, em rede nacional, eu acho muito desumano.